Enoque andou com Deus
 David J. Merkh com Adeildo Luciano Conceição

Chega até nós, vindo não se sabe de onde, um sussurro, um chamado débil, uma premonição de que existe uma vida mais rica, e sabemos que a deixamos de lado. Cheios de tensão em face do ritmo louco de nossas tarefas diárias, a pressão é ainda maior em decorrência da inquietação interior, porque percebemos insinuações de que há um estilo de vida imensamente mais rico e profundo do que toda essa existência apressada. Existe uma vida repleta de serenidade, paz e poder, sem pressa. Thomas Kelly A Testament of Devotion (Um Testamento de Devoção) 

Perto da igreja onde ministros nos períodos de divulgação nos EUA, há um cemitério muito antigo. Várias vezes resolvi deixar o gabinete pastoral e dirigir-me àquele cemitério. Você pode achar que isto foi estranho... mas enquanto passeava por suas ruas ía lendo as inscrições nos epitáfios, procurando imaginar como tinha sido a vida daquelas pessoas, suas alegrias, tristezas, famílias, carreira profissional... e como teria sido suas vidas em relação a Deus. Depois passei a pensar sobre a minha própria vida. O que eu gostaria que as pessoas soubessem a meu respeito após minha morte? Quem fosse ao cemitério e visse meu epitáfio, o que iria ler? Pensar nisto não é algo tão estranho, pois, o próprio Salomão mencionou que tal exercício é algo salutar para o homem (Ec 7.2). 

Recentemente visitei um outro cemitério. Este, porém, se encontra na Palavra de Deus. Nele descobri que há sim esperança para pessoas que, como eu, desejam viver uma vida mais profunda e de verdadeiro significado. Este cemitério se encontra em Gênesis 5.1-31. 

Quando entramos neste cemitério encontramos um resumo da vida de várias pessoas. Na primeira quadra está o túmulo de Adão e seu epitáfio diz: "viveu ao todo 930 anos e morreu" (Gn 5.5). 

Mais adiante encontramos o de Sete e o dele diz: "viveu ao todo 912 anos e morreu"(Gn 5.8). Continuamos andando e encontramos os túmulos de Enos, Cainã, Maalaleel e Jarede. Em todos estes as palavras se repetem: "viveu tantos anos e morreu". 

Mas de repente encontramos um túmulo diferente: em vez de encontrarmos o triste refrão "e morreu", encontramos um sepulcro que diz, "Enoque andou com Deus": "Aos sessenta e cinco anos, Enoque gerou Matusalém. Depois que gerou Matusalém, Enoque andou com Deus trezentos anos e gerou outros filhos e filhas. Viveu ao todo trezentos e sessenta e cinco anos. Enoque andou com Deus; e já não foi encontrado, pois Deus o havia arrebatado" (Gn 5.21-24). 

Enoque e Elias são os únicos homens que a Bíblia menciona que escaparam da morte, pois Deus os tomou para si. O sepulcro de Enoque está vazio. Isto aponta para nós que há uma esperança, há, de fato, uma vida mais profunda e cheia de significado-não precisamos passar pelo ciclo vicioso de vida e morte, podemos andar com Deus! Por trás das nuvens negras da morte brilham pelo menos três raios de esperança para todos nós. 

I. Quem anda com Deus descobre o verdadeiro sentido da vida.

Deus havia dito a Adão que sua desobediência acarretaria em sua morte. Porém, 900 anos se passaram e eles ainda estavam vivos. O leitor de Gênesis 1 a 4 poderia perguntar: será que Satanás tinha razão ao afirmar que certamente eles não morreriam

com sua desobediência? O capítulo 5 vem comprovar a veracidade da advertência divina. "E morreu..." "E morreu..." "E morreu..." Ninguém escapa. A morte é a triste realidade da conseqüência natural do pecado. Morte é o tema deste capítulo. O fato é que a morte nunca foi o plano de Deus para este mundo. Nos capítulos de 1 a 3 vemos Deus como um bom Pai, com filhos e filhas, feitos à sua semelhança, feitos para serem abençoados, com vida e com comunhão constante e amorosa. Porém, seus filhos caíram debaixo da maldição da morte por desobediência. A morte passa a reinar devido ao pecado. Aqueles que foram feitos para viver são agora destinados para morrer, voltando ao pó, vítimas da serpente que agora também come pó. 

A partir de então a vida pareceu perder seu sentido de ser. O homem entrou num ciclo de nascer, crescer, gerar filhos e morrer. E este ciclo torna-se monótono, vez após vez, oito vezes, pessoa por pessoa, até chegarmos ao versículo 21. 

De repente, algo inédito acontece. Uma quebra dramática da narrativa é feita. Enoque não "morreu", ele andou com Deus e Este o levou. Enoque não "viveu", ele "andou" com Deus. Andar com Deus está um nível acima do simples viver. O texto destaca duas vezes o andar com Deus para mostrar que a vida de Enoque foi a exceção no meio de homens que viverem sem sentido e isto faz brilhar para nós um raio de esperança. Não precisamos nos entregar a uma vida insignificante. O segredo de uma vida significativa é um andar com Deus. 

Enoque rompeu o ciclo vicioso, achou significado na vida muito acima de seus contemporâneos. Viveu como luz e sal da terra. Era ele uma pessoa que inspirava esperança, um verdadeiro raio de esperança em meio às trevas do pecado. Ele voltou a andar com Deus, mesmo estando fora do jardim, como Adão e Eva. E hoje Jesus nos propõe a mesma coisa: segui-lo para andar na luz e ter comunhão com ele (Jo 8.12;32). 

II Quem anda com Deus dirige sua vida pela fé. 

Como poderemos romper os ciclos de mera existência de nascer, estudar, casar, trabalhar, ter filhos, aposentar e morrer? Em outras palavras, como vamos andar com Deus em cada uma destas etapas da vida e transformá-las à luz da presença eterna e santa de Deus? 

A vida de Enoque nos traz a resposta. Ela nos mostra a graça de Deus no meio de um dos capítulos mais tristes da Bíblia. Ali a marcha fúnebre pára de vez, e só ouvimos as cordas da vitória. Para escapar do aguilhão da morte, precisamos andar com Deus pela fé. Embora o autor não explique aqui o significado de "andou com Deus", descobrimos mais tarde o que implica. Enoque não atingiu este ideal de vida pelos seus próprios esforços; mas, sim, pela fé. Conforme o autor de Hebreus, viver pela fé foi para Enoque seu segredo para estar com Deus (Hb 11:5,6). 

A maior prova de nossa fé ser verdadeira é o andar com Cristo (Tg 5.13-14). Enoque tinha um Deus tão grande e um "eu" tão pequeno que a única opção para ele foi viver na sombra deste grande Deus. Ele não confiava em seus próprios pensamentos, sonhos e planos (Jr 17.9), mas, sim, confiava que Deus existe e que galardoa aqueles que andam com ele. Acreditava que valia a pena andar com Deus e nele confiar, apesar das pressões de sua sociedade pecaminosa. 

O verbo hebraico que é traduzido em português como "andar" (Gn 5:21) traz a idéia de "passear para cá e para lá", sempre na presença de Deus. É o mesmo usado para descrever Adão e Eva no jardim. Também foi usado para Abraão em Gênesis 13.17 quando Deus o mandou examinar a terra prometida de uma extremidade a outra. Significa viver todos os momentos, tomar todas as decisões, avaliar todos os pensamentos, consultar em todas as dúvidas o Criador do universo. 

Ninguém anda com Deus puxando-o como uma criança puxa o pai para ir à loja de brinquedos. Não somos "colegas" de Deus. Na verdade, é Ele quem nos dirige, guia e direciona e, nós, apenas o seguimos. Quem quer andar com Deus pela fé precisa entregar a escolha para Ele, ir aonde Ele vai e fazer o que Ele faz. 

III Quem anda com Deus deleita-se com os presentes que recebe das mãos amorosas do Pai celestial. 

Jean-Pierre de Caussade afirmou: 
A vida dos que se abandonam em Deus é sempre misteriosa. Recebem presentes excepcionais e miraculosos, entregues através das experiências mais comuns, naturais e casuais, nas quais não parece haver nada extraordinário. O sermão mais simples, a conversação mais banal, o livro menos erudito, tudo é fonte de conhecimento e sabedoria para estas almas, graças ao propósito de Deus. É por isso que, cuidadosamente, eles recolhem as migalhas que as mentes brilhantes menosprezam, porque para eles tudo é precioso, uma fonte de enriquecimento. 

Tal é a experiência daqueles que andam com Deus. Enquanto os que vivem sem Deus procuram saciar sua sede de sentido para a vida em coisas estranhas, aqueles que andam com Deus pela fé se deleitam com os detalhes mais rotineiros de sua vida, pois neles descobriram que o que Paulo disse é verdade: "Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus..." (Rm 8.28). A presença de Deus ilumina cada detalhe de nossa vida e nos torna pessoas satisfeitas. Podemos agradecer a Deus pelo café da manhã, louvá-lo por nossa saúde, ser gratos pela blusa que vestimos no inverno... tudo isso porque Deus está conosco e sentimos seu amor nestes detalhes pequenos de nossa vida. 

A presença de Deus não apenas trará sentido para os detalhes da nossa vida, mas por meio dela deixaremos um legado para nossa família. Matusalém, filho de Enoque, viveu até o ano do dilúvio e viveu mais do que qualquer outro homem na face da terra. Isto nos mostra que ele aprendeu com seu pai o que significava, primeiro, obedecer a Deus e, segundo, honrar aos pais (Ef 6.3). Noé, bisneto de Enoque, foi o único salvo juntamente com sua família no dilúvio. Com certeza aprendeu o temor a Deus porque aprendeu de sua família o que significava honrar a Deus. 

Pode haver presentes melhores do que estes? Sentido para vida que traz contentamento e felicidade e também um legado para a família que leva nossos descendentes para mais próximos de Deus? Só isso bastaria para desejarmos andar com Deus, mas, há mais um presente ainda: a vida eterna. Um dia Enoque e Deus estavam passeando, como de costume, quando de repente Enoque olhou para o relógio, viu que era tarde, e disse: "Deus, é muito tarde, preciso voltar para casa". 

Porém Deus lhe respondeu: "Enoque, parece que estamos mais próximos hoje de minha casa. Que tal você pernoitar comigo hoje?" E Enoque nunca mais voltou. Da mesma maneira como ele, nós também podemos ganhar a vida eterna por meio de Jesus. Cristo afirmou: 

Em verdade, em verdade vos digo: Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida... E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. (Jo 5.24, 17:3). 

Hoje o mundo oferece uma série de coisas para dar sentido à vida: dinheiro, fama, tecnologia, drogas e sexo. Porém, aprendemos com Enoque que para o homem descobrir o verdadeiro sentido de sua vida basta ele se voltar para seu Criador e "andar com Deus". Sua vida então deixará de ser "terrena" e passará a ser "celestial". 

Há muitas coisas que poderiam ser escritas no meu sepulcro, mas acho que descobrimos neste texto a melhor de todas. "Ele andou com Deus". Se você ou eu morrêssemos hoje, seria isso o que as pessoas falariam a nosso respeito? 

Que esta seja a descrição da sua e da minha vida. Deus nos convida para justamente este tipo de comunhão constante com ele. Somente andando com o Senhor é que realmente "viveremos" e não apenas "existiremos" como seres criados por Deus. Citado por Gire, Ken. Vida de Meditação. Rio de Janeiro: Editora Textus, 2001. Página 13.
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Base Bíblica: Gn. 4.

É muito fácil a gente julgar a atitude de Caim ou fazer considerações precipitadas sem observar o contexto da Palavra. Ouvi certa vez, por exemplo, que Deus atentou para Abel porque Ele gostava mais do cheiro do sacrifício de animais, do que de vegetais.

Definitivamente, a diferença não estava no trabalho ou no tipo de oferta, mas sim na motivação seguida da atitude de ambos. Como consequência, um obteve a aprovação e outro a rejeição. Vamos atentar para Gênesis 4.1-7:

  1. Adão teve relações com Eva, sua mulher, e ela engravidou e deu à luz Caim. Disse ela: "Com o auxílio do Senhor tive um filho homem".
  2. Voltou a dar à luz, desta vez a Abel, irmão dele. Abel tornou-se pastor de ovelhas, e Caim, agricultor.
  3. Passado algum tempo, Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
  4. Abel, por sua vez, trouxe as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho. O Senhor aceitou com agrado Abel e sua oferta,
  5. mas não aceitou Caim e sua oferta. Por isso Caim se enfureceu e o seu rosto se transtornou.
  6. O Senhor disse a Caim: "Por que você está furioso? Por que se transtornou o seu rosto?
  7. Se você fizer o bem, não será aceito? Mas se não o fizer, saiba que o pecado o ameaça à porta; ele deseja conquistá-lo, mas você deve dominá-lo".
Nos dois primeiros versículos conhecemos a identidade dos dois. Filhos de Adão e Eva, formavam a primeira família, cujo primogênito era Caim. Ainda não havia sido instituída a lei que privilegiava os primogênitos, mas se houvesse, Deus também não teria levado em conta, como não fez diferença Abel ser pastor de ovelhas e Caim ser agricultor.

Os versículos 3, 4 e 5, mostram a atitude de ambos ao ofertar. O versículo 3, diz que Caim trouxe do fruto da Terra uma oferta ao Senhor. Enquanto Abel (v.4) trouxe as partes gordas das primeiras crias do seu rebanho. Observemos a diferença. O artigo indefinido uma deixa claro a imprecisão do que Caim trouxe para ofertar, foi uma coisa qualquer. Isso demonstra uma despreocupação e mesmo um descaso. Em contrapartida, o artigo definido as mostra a especificidade de Abel ao ofertar simplesmente o melhor das primeiras crias. Tais atitudes estão nos revelando as verdadeiras motivações implicadas. Ao dar a Deus o melhor da primeira parte, Abel estava colocando Deus em primeiro lugar. A sua motivação não foi outra senão adorar a Deus. Por ter tido a motivação e a atitude certas, Deus se agradou. O fato de Caim entregar a Deus qualquer oferta expressa que sua motivação não foi um ato de adoração, talvez apenas o cumprimento de um ato litúrgico, uma obrigação. O foco dele não estava no Senhor. O engraçado é que ele mesmo estando errado, “se enfureceu e seu rosto se transtornou” (v.5).

É impressionante como Deus sempre nos alerta quando estamos saindo do foco. A não aceitação foi um sinal para Caim de que algo estava errado. Só que ele não percebeu que era com ele mesmo. Daí esta atitude negativa à resposta de Deus. Mesmo sabendo em quem estava o erro, o Senhor mostra a sua misericórdia não só pelo sinal, mas quando o confronta diretamente nos versículos 6 e 7. Deus é direto ao perguntar o porquê de sua atitude negativa. Depois explica que se ele fizesse o bem seria aceito. Deus é bem claro em relação a seu erro, e alerta que quando não se faz o certo o pecado está à porta para dominá-lo. Para Deus o ter advertido dessa forma, é porque ele sabia o certo a se fazer, mas não fez. Como escreve Tiago (4.17): “Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado”. Era exatamente isso que Deus estava alertando a Caim.

8. Todavia, a repreensão do Senhor não foi suficiente para trazê-lo ao arrependimento. Vejamos as consequências disso e a misericórdia de Deus mais uma vez, nos versículos que vão do 8 ao 16:
9. Disse, porém, Caim a seu irmão Abel: "Vamos para o campo". Quando estavam lá, Caim atacou seu irmão Abel e o matou.
10. Então o Senhor perguntou a Caim: "Onde está seu irmão Abel?" Respondeu ele: "Não sei; sou eu o responsável por meu irmão?"
11. Disse o Senhor: "O que foi que você fez? Escute! Da terra o sangue do seu irmão está clamando.
12. Agora amaldiçoado é você pela terra que abriu a boca para receber da sua mão o sangue do seu irmão.
13. Quando você cultivar a terra, esta não lhe dará mais da sua força. Você será um fugitivo errante pelo mundo".
14. Disse Caim ao Senhor: "Meu castigo é maior do que posso suportar.
15. Hoje me expulsas desta terra, e terei que me esconder da tua face; serei um fugitivo errante pelo mundo, e qualquer que me encontrar me matará".
16. Mas o Senhor lhe respondeu: "Não será assim se alguém matar Caim, sofrerá sete vezes a vingança". E o Senhor colocou em Caim um sinal, para que ninguém que viesse a encontrá-lo o matasse.
17. Então Caim afastou-se da presença do Senhor e foi viver na terra de Node a leste do Éden.

Quando mais uma vez Caim é questionado, nega seu pecado, dizendo não saber de seu irmão. (vv. 8-9). E como Deus já sabia, é direto novamente, perguntando o que ele fez, e determina a sua sentença (vv. 10-12). Só depois de castigado, ele lamenta a sua realidade (vv. 13-14). Mas o pior era se esconder da face de Deus. Assim, quando ele reconhece sua condição, o Senhor demonstra a sua misericórdia e amor, fazendo-lhe uma promessa de proteção e vingança para aquele que o matasse, através de um sinal (v.15). Ainda assim, o pecado o separou de Deus, e a sentença foi cumprida (v.16).

Cabe agora essas perguntas para refletirmos: quais têm sido nossas motivações e atitudes diante de Deus? Temos tido um espírito de adorador, colocando Deus em primeiro lugar como Abel? Ou temos colocado o Senhor em qualquer lugar em nossas vidas, menos o primeiro, como Caim? Será que vale a pena morrer por fazer o certo, ou preferimos matar fazendo o errado? E quando pecamos: nos aborrecemos com Deus e damos nossas desculpas esfarrapadas ou procuramos nos corrigir, dando ouvidos a Ele? Será que estamos atentos aos sinais que Deus nos dá? Estamos sensíveis ao Espírito? Eis aí a questão-chave. Paulo deixa claro em sua carta aos gálatas, quando aconselha: “Por isso digo: Vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne” (Gl. 5.16). Só assim é possível viver em adoração, saindo do plano da obrigação e tendo Deus no centro de nossas vidas. Foi para isso que Jesus pagou o preço de sangue na cruz, para que vivêssemos para Ele: “E ele morreu por todos para que aqueles que vivem já não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Co. 5.15). Esse é o desejo de Deus para nós. Todo o nosso EU deve morrer, para que nosso viver seja CRISTO, e o morrer, lucro (parafraseando Paulo em Fp. 1.21)! Essas são a atitude e a motivação que Deus espera de nós.


Daniely Silva Duarte
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Amizade, como sabemos, é consequência de um relacionamento, onde se tem confiança mútua.
E é o que precisamos ter com Deus cada vez mais!
Fico admirado em saber como Deus se relaciona conosco, não é nada diferente da forma que fazemos com as pessoas.
Mas é claro, que mesmo ele sendo Pai e Amigo, Ele é Deus! O único ser que merece glória.
Por isso precisamos obedecer a Deus, para que venhamos glorificá-lo. Assim ganhamos a Sua confiança, e recebemos o Seu Espírito.

“E nós somos testemunhas destas coisas, e bem assim o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.” (Atos 5:32)

Quanto mais obediente somos a Deus, mais próximos ficamos de sua presença, e quanto mais próximo de Deus, mais fé passamos a ter!
Precisamos estar cheios do Espirito Santo para termos cada vez mais fé!

"Quando estamos na presença de Deus, temos coragem por causa do seguinte: se pedimos alguma coisa de acordo com a sua vontade, temos a certeza de que ele nos ouve." (1 João 5:14 )
"Tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebeste, e será assim convosco" (Marcos 11:24)
"E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei." (João 14:13-14)

Nossa santidade é fundamental para que estejamos sempre na presença de Deus. Quando estamos em pecado, não conseguimos ter um pleno relacionamento com Deus, e assim nos afastamos de sua presença.

“Vocês são filhos queridos de Deus e por isso devem ser como ele.” (Efésios 5:1)
Deus não só se relaciona individualmente, mas também em família! É o desejo de Deus estarmos sempre orando unidos com os irmãos, em nome do Filho, porque é isso que nos faz ser filhos Dele. E assim mostramos o nosso amor em família com Deus, e ele nos ouve.

“Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” (Mateus 18:19-20)

Temos o que pedimos de acordo com a nossa fé, que é consequência de um relacionamento diário com Deus.
Só recebe quem é filho, só é filho quem se relaciona com Ele, só se relaciona com Ele, quem o obedece! É um processo simples, mas que precisa ser constante.

O Espírito é a unica manifestação da Verdade, é ele que nos conduz pela luz, e nos liberta das armadilhas do inimigo, por isso temos que viver em constante adoração a Deus.
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:23-24)

Queremos muito fazer a vontade de Deus, ter autoridade sobre o maligno, e vencer todas as coisas pra Glória de Deus. Só com o Espirto Santo fazemos isso.

“De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra.” (2 Timóteo 2)
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.” (Atos 1:8 )

Bem, vamos resumir tudo o que foi falado.
1º Precisamos obedecer a Deus.
2º Criar um relacionamento forte e confiável com Deus, para termos sua aprovação.
3º Precisamos ter o Espírito Santo para adorar a Deus em Espirito e em Verdade e ter autoridade sobre Satanás.

Mesmo a gente não sendo totalmente digno de confiança, Deus nos ama, e nos reconhece como filhos, porque ele vê as nossas lutas e o nosso coração.

Mas como ficar cheio do Espírito, se eu ainda não sou totalmente digno de confiança?
“Vocês, mesmo sendo maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos. Quanto mais o Pai, que está no céu, dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!” (Lucas 11:13)

Conclusão: Devemos amar a Deus mais que tudo, priorizando cada vez mais o nosso tempo com Ele, tanto na leitura da bíblia, quanto na oração, e também no amor ao próximo. Pois é a unica forma de termos um relacionamento com Deus.


Jonathan da Silva Oliveira.
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